Dói de todos os lados, os de fora, os de dentro, de
baixo e de cima, nenhuma saída, e você meio cega, meio tonta, só sabe que tem
que quer continuar, meio sem esperança, as ilusões despedaçadas, o coração
taquicárdico, língua seca, e continuando. Continuando. Resistimos, aos trancos, já nem sei se foi escolha ou solavanco. Difícil arrancar uma certa lucidez disso tudo.
Mas sinto que o coração se depura (é tão antigo falar em coração...) um pouco
mais, em cada porrada. Meu olho compreende cada vez mais...
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