terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Falsidade com agravante.


Já devia ter me acostumado com as máscaras que algumas pessoas carregam. Elas são trocadas de acordo com a necessidade e o interesse. Se for para tirar proveito, vem a máscara da simpatia. Se houver um pouco de carência, é a vez da máscara da humildade. Se de repente você “desagrada” a figura, vem a máscara da indiferença. O que essas pessoas não sabem é que as máscaras são frágeis demais. Saem até muito fácil do rosto. São meio como a barba falsa do Papai Noel da lojinha de R$ 1,99.

Algumas máscaras fazem parte de uns kits conhecidos. Normalmente quando a pessoa ganha poder ou dinheiro (ou as duas coisas), ela passa a usar as tais máscaras com mais freqüência. Sentimentos puros, como a gratidão, descem pelo ralo. Essas pessoas ficam doentes e entram num bravo quadro de amnésia. A primeira coisa que esquecem é do passado. Esquecem também os verdadeiros amigos e o que é pior, quem são realmente.

Alguns na verdade nem combinam com as máscaras que usam. A gente conhece tanto a figura, que dá vontade de rir vendo o personagem atuando pessimamente. (Sabe quando o ator sai da Globo e vai trabalhar na Record?)

Pior ainda é quando a figura só tem pose. (Aí a atuação vai mesmo pra comédia.) A tal pessoa nem tem dinheiro e nem poder, mas vive um faz-de-conta bem “pir-lim-pim-pim”. Me desculpe, mas não dá pra segurar o riso. Esses deixam de ser surpreendentes para serem ridiculamente previsíveis.

Acho que ser autêntico é sempre a melhor saída. Ter personalidade é conquistar um baita patrimônio. (Deveria até ter seguro pra isso!)De repente as coisas desandam e aí você continua sendo amado, querido, respeitado. Já conheci muito ex-marido da fulano, ex-mulher do sicrano, ex-rico, ex-dono disso ou daquilo, ex-funcionário do lugar tal. É a famosa roda gigante. Passamos umas horas em cima, outras em baixo. No final das contas, ganha quem conseguir ser fiel a si por mais tempo. Sem máscaras, é claro!

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